O fragmento a seguir, extraído do capítulo Alma compassiva, serve de referência para responder à questão 08.
Texto VI
[...] E dizem em Caxias que sempre fui uma alma boa, titio falava isso, e Natalícia dizia: Ah, ela é uma boa samaritana! [...], sei que a Boa Samaritana queria dizer que eu dava trela mais a um filho de estrangeiro do que a um natural, que eu dava de beber a um inimigo e não a um brasileiro, mas como podia eu ser a boa samaritana se ela teve seis maridos? ou foram oito? ou doze? feliz dela que teve tantos amores, se é que amou, eu tive nenhum marido e apenas um único amor em toda a minha vida, um amor sem modos de o conseguir, [...] Maria Luiza disse que não entende como eu aceito ser uma preterida, [...]
MIRANDA, A. Dias e Dias. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.
O trecho que apresenta marca da intenção comunicativa de negação do falante é o seguinte:
“eu tive nenhum marido”
“eu aceito ser uma preterida”
“eu dava de beber a um inimigo”
“E dizem em Caxias que sempre fui uma alma boa”
“eu dava trela mais a um filho de estrangeiro do que a um natural”