O fim da I Guerra Mundial, em 1919, consagrou os Estados Unidos como a principal economia industrial do planeta. Analisando esse contexto, o historiador José Jobson Arruda escreveu:
Com a paz, os países europeus recomeçaram a produção de bens que importavam dos Estados Unidos durante o conflito. Com isso, caíram as exportações do país, e o mercado interno americano viu-se abarrotado de produtos que não conseguia absorver. […] A política do governo, essencialmente liberal, não poderia cogitar intervir na produção; os empresários, por sua vez, só viam seus interesses imediatos, logo, não concordavam com essa solução.
ARRUDA, J. J. A crise do capitalismo liberal. In: REIS FILHO, D. et al (org). O século XX. O tempo das crises. Revoluções, fascismos e guerras. V. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 23-24.
De acordo com o autor, uma das bases da crise capitalista de 1929 estaria na(o)
inadequação entre produção industrial e demanda
instituição do acordo comercial do GATT
destruição do parque industrial europeu
protecionismo alfandegário praticado pela Europa
declínio do consumo internacional durante o pós-guerra