O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do Império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires, que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a Argentina não se tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países independentes, com governos livres da influência argentina. A existência desses Estados era, também, a segurança de que os rios platinos não seriam nacionalizados por Buenos Aires, o que ameaçaria sua livre navegação.
(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)
O historiador argumenta que a política externa do Império brasileiro visava assegurar
a hegemonia da Argentina e o fim da soberania econômica do Paraguai.
a conquista de territórios estratégicos e a união entre Paraguai e Uruguai.
o fortalecimento do republicanismo e a reconstituição do Vice-Reino do Prata.
a livre navegação na bacia platina e a fragmentação política das repúblicas locais.
o neutralismo no sul do continente e o aumento da influência econômica britânica.