FUVEST 2021

O esquema apresenta a linha de urbanização da sociedade, que vai do 0 ao 100%.

Considerando os referenciais trazidos no esquema, fazem parte do contexto identificado na chamada “zona crítica”:

a

Monetarismo; Revolução Industrial; lei Bill Aberdeen.

b

Comunismo; centralização do poder; New Deal.

c

Neoliberalismo; elevada urbanização; crise hipotecária de 2008.

d

Neocolonialismo; Revolução Agrária; quebra da Bolsa de Nova lorque.

e

Mercantilismo; financeirização da economia; Acordo de Vestfália.

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Resposta
C

Resolução

Análise do Esquema:

O esquema ilustra a evolução da urbanização segundo uma adaptação das ideias de Henri Lefebvre. Ele mostra uma progressão linear que começa com a "Cidade política" (urbanização incipiente), passa pela "Cidade comercial" e pela "Cidade industrial" (marcando a transição do agrário para o urbano), e culmina na "Zona crítica", que representa um estágio próximo a 100% de urbanização. Esta fase final é caracterizada pela "subordinação completa do agrário ao urbano", indicando um domínio total da lógica e da vida urbana sobre as esferas rurais e agrícolas.

Identificação do Contexto da "Zona Crítica":

A "Zona crítica" corresponde ao estágio mais avançado de urbanização, refletindo características da sociedade contemporânea, especialmente do final do século XX e início do século XXI. Este período é marcado pela globalização intensa, pelo avanço do setor de serviços e finanças, e pela consolidação de um modelo urbano que permeia todas as esferas da vida social.

Avaliação das Alternativas:

  • Alternativa A (Incorreta): A Revolução Industrial está associada à "Cidade industrial", uma fase anterior à "Zona crítica". A Lei Bill Aberdeen (1845) também pertence a esse período histórico. O Monetarismo surge mais tarde, mas os outros elementos desqualificam a opção.
  • Alternativa B (Incorreta): O Comunismo e a centralização do poder não são características exclusivas ou definidoras da "Zona crítica" no modelo de Lefebvre. O New Deal (década de 1930) é historicamente anterior a esta fase.
  • Alternativa C (Correta): O Neoliberalismo é a doutrina econômica predominante a partir das décadas de 1970/80, coincidindo com a intensificação da globalização e da urbanização avançada. A "elevada urbanização" é a definição gráfica da "Zona crítica" (próximo a 100%). A crise hipotecária de 2008 é um exemplo marcante de crise financeira global intrinsecamente ligada ao espaço urbano (mercado imobiliário) e à financeirização, características dessa fase avançada e "crítica" da urbanização.
  • Alternativa D (Incorreta): O Neocolonialismo (século XIX e XX) e a Quebra da Bolsa de Nova Iorque (1929) são anteriores. A Revolução Agrária geralmente precede ou acompanha a industrialização, não a fase de subordinação completa do agrário.
  • Alternativa E (Incorreta): O Mercantilismo (séculos XVI-XVIII) e o Acordo de Vestfália (1648) são de períodos muito anteriores. Embora a financeirização da economia seja relevante para a fase final, os outros elementos estão deslocados historicamente.

Conclusão:

A alternativa C reúne elementos que se encaixam temporal e conceitualmente na "Zona crítica" descrita por Lefebvre: o contexto socioeconômico (Neoliberalismo), a característica demográfica/espacial (elevada urbanização) e um evento sintomático das contradições dessa fase (crise hipotecária de 2008).

Dicas

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A "Zona crítica" representa o estágio mais recente e avançado no esquema, próximo a 100% de urbanização.
Pense em características econômicas, sociais e eventos importantes que marcaram o mundo a partir das últimas décadas do século XX.
Qual alternativa combina um sistema econômico recente, um nível altíssimo de urbanização e uma crise global ligada a aspectos urbanos (como imóveis e finanças)?

Erros Comuns

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Confundir as fases da urbanização, associando eventos da Revolução Industrial (como a própria revolução) à fase final ("Zona crítica").
Não compreender o significado de "subordinação completa do agrário ao urbano", associando-o a eventos como a Revolução Agrária.
Ter conhecimento histórico impreciso, misturando eventos e conceitos de diferentes séculos (ex: Mercantilismo com Neoliberalismo).
Interpretar a "Zona crítica" apenas como um período de qualquer crise econômica, sem conectá-la especificamente ao estágio avançado de urbanização (ex: associar a crise de 1929 a esta fase).
Desconhecer o conceito de Neoliberalismo e sua relação com a globalização e as transformações urbanas recentes.
Revisão

Revisão de Conceitos:

  • Fases da Urbanização (Henri Lefebvre): O filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre analisou a produção do espaço urbano e sua evolução. Embora o esquema seja uma adaptação, ele reflete a ideia de diferentes fases: a cidade antiga/política, a cidade mercantil/comercial, a cidade industrial (ligada à Revolução Industrial e à transição do domínio agrário para o urbano), e uma fase posterior, aqui chamada de "Zona crítica".
  • Zona Crítica (Urbanização Completa): No contexto lefebvriano, essa fase representa a urbanização levada ao extremo, onde a sociedade se torna "completamente urbana". Isso implica não apenas alta concentração populacional em cidades, mas a extensão da lógica urbana (mercado, consumo, modos de vida) a todo o território, subordinando o campo. Pode ser vista como uma fase de apogeu, mas também de crise e contradições intensificadas.
  • Neoliberalismo: Doutrina econômica e política que ganhou proeminência global a partir dos anos 1980. Prega a mínima intervenção estatal na economia, livre mercado, privatizações e abertura comercial e financeira. Coincide com a aceleração da globalização e transformações urbanas ligadas à financeirização e especulação.
  • Crise Hipotecária de 2008: Grave crise financeira global originada no mercado imobiliário de alto risco (subprime) dos EUA. Demonstrou a interconexão global e os riscos associados à financeirização da economia, com fortes impactos nas cidades e no mercado imobiliário mundial.
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