O esporte sempre foi uma forma altamente politizada de expressão nacional na Croácia pós-socialista, com os jogadores de futebol frequentemente descritos como ‘heróis’ ou ‘guerreiros’. O primeiro presidente do país, Franjo Tuđman, proclamou que ‘as vitórias do futebol moldam a identidade de uma nação tanto quanto as guerras’. ‘A atual Copa do Mundo está sendo usada pelas forças nacionalistas (...) escreveu no jornal britânico The Guardian o filósofo croata Srećko Horvat(...). ‘Em 1998, a empolgação em torno da Copa do Mundo estava intrinsecamente ligada à empolgação com o futuro do país na UE; a exaltação de hoje é mais sobre um anseio pelo passado, quando um futuro bom ainda era possível. Agora, nossa economia e sociedade estão de joelhos, com emigração maciça e 43% de desemprego entre os jovens’.
https://internacional.estadao.com.br/blogs/radar-global/as-polemicas-nacionalistas-dapresidente-da-croacia/ acesso em 15/7/2018.
A participação da seleção da Croácia na Copa do Mundo de Futebol de 2018 provocou uma série de discussões acerca da história da antiga Iugoslávia e da região dos Balcãs. A esse respeito, é correto afirmar que a Croácia
tornou-se uma república parlamentarista após as negociações envolvendo Alemanha, URSS e EUA, nos últimos anos da Guerra Fria.
foi a base para a resistência ao nazismo na década de 1940 e, posteriormente, o principal reduto comunista da Iugoslávia.
foi dirigida pelo líder ultranacionalista Josip Broz Tito, que comandou uma ampla campanha de perseguição aos sérvios após a Segunda Guerra Mundial.
tornou-se uma república democrática sem conflitos étnicos e religiosos internos, diferenciando-se dos outros Estados vizinhos na região dos Balcãs.
adquiriu sua independência na década de 1990, no processo de dissolução da Iugoslávia e de derrocada dos regimes comunistas do Leste europeu.