EBMSP 2014/1

    O encéfalo humano – que reúne dentro da caixa craniana, o cérebro, o cerebelo e o tronco – é, até prova em contrário, o pedaço de matéria organizada mais complexa em todo o universo conhecido. Muitos consideram o encéfalo uma espécie de apogeu da evolução da vida, mas não deixa também de ser um triunfo da história da matéria que compõe o próprio Universo. Quase todos os átomos da Tabela Periódica foram gerados por nucleossíntese atômica no interior de antigas estrelas que depois explodiram como supernovas, liberando essa matéria que, então, pôde reorganizar-se em novas estrelas – agora, com planetas e moléculas de todo tipo. Sobre esse substrato material, a vida surgiu e se desenvolveu, pelo menos na Terra. Não podemos resistir à poética observação do astrônomo e divulgador da ciência Carl Sagan quando explica que somos basicamente a matéria das estrelas... contemplando a si mesma!

    O tecido nervoso difere de todos os outros na medida em que, nele, a diferenciação é a regra.

    A mente humana é um amálgama das diversas funções cognitivas do encéfalo que, além das sensações e movimentos, envolve atenção, processamento visuoespacial, funções executivas, emoções, sem se esquecer da memória e da linguagem. Homo sapiens adquiriu essas capacidades ao longo da evolução por seleção natural.

    Uma preocupação crescente nos últimos anos é saber como o encéfalo humano está lidando com o novo ambiente onipresente das tecnologias digitais de comunicação – que, muito embora tenha revolucionado nossas vidas, cada vez consome mais tempo e envolvimento das pessoas, pelo menos daquelas que têm condições financeiras de acessá-lo (a maioria da humanidade nem sonha com isso). O ambiente de hoje não tem precedentes e, entre os principais responsáveis pelas mudanças comportamentais, são apontadas a internet – especialmente as redes sociais – e os videogames interativos. Embora haja aspectos positivos nesses recursos, suas limitações ficam exacerbadas com o uso prolongado, que também promove o estresse, ou mesmo, a dependência (análoga ao efeito de drogas). O chamado Transtorno de Dependência da Internet pode integrar a próxima edição do Manual dos Transtornos Psiquiátricos

(DSM-5). QUILLFELDT, J. O encéfalo e a era digital. Scientific American Brasil. São Paulo: Duetto, nº 128, ano 11, jan. 2013, p. 22. Adaptado.

Uma abordagem evolutiva associada à diversificação de funções como as apresentadas pelo encéfalo permite concluir:

a

A deriva genética como fenômeno evolutivo tem pouco impacto nos processos de especiação em populações drasticamente reduzidas.

b

A seleção disruptiva constitui o processo que melhor explica a exuberante capacidade do encéfalo em Homo sapiens.

c

A evolução da espécie humana expressa a mudança evolutiva com a finalidade de atingir o máximo de complexidade e perfeição no mundo vivo.

d

As populações humanas, pela sua homogeneidade genômica, mantêm as frequências gênicas constantemente em equilíbrio de Hardy-Weinberg.

e

A síntese evolutiva moderna propõe uma ancestralidade comum para Homo sapiens e Pan troglodytes (chimpanzés) relativamente recente quando comparada à diversificação de outros primatas.

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E
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