O crescente interesse em combustíveis renováveis, derivados tanto da cana de açúcar quanto da cana de energia, tem impulsionado estudos no sentido de permitir o maior aproveitamento desses dois tipos de cana na produção de bioetanol de primeira e segunda geração, sendo este último um biocombustível produzido a partir de fibras presentes na cana. Em um simpósio brasileiro sobre bioetanol e biorrefino, realizado em 2017, foram apresentados dados relativos à produção de bioetanol a partir de cana de açúcar e cana de energia. Um pequeno extrato desses dados encontra-se na tabela a seguir.
Comparando-se os dados, pode-se concluir que a vantagem da cana de energia em relação à cana de açúcar reside em uma maior produção de bioetanol de
primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá na produção de bioetanol de segunda geração, tendo como base a produtividade por hectare.
segunda geração, produção essa que compensa a diminuição na produção de bioetanol de primeira geração, tendo como base a produtividade por hectare.
primeira geração, produção essa que compensa a diminuição na produção de bioetanol de segunda geração, tendo como base os teores indicados.
primeira e de segunda geração; o aumento maior se dá na produção de bioetanol de primeira geração, tendo como base os teores indicados.
Para resolver o problema, devemos comparar os dados de produtividade de fibra e de açúcar da cana de açúcar e da cana de energia. A cana de energia possui maior massa de fibra por hectare (45 t/ha contra 11 t/ha da cana de açúcar) e, ao mesmo tempo, apresenta maior massa de açúcar por hectare (14 t/ha contra 11 t/ha). Assim, ela supera a cana de açúcar tanto na produção de bioetanol de primeira geração (que depende dos açúcares) quanto na produção de bioetanol de segunda geração (que depende das fibras). Esse ganho é ainda mais significativo para a segunda geração, uma vez que a quantidade de fibras na cana de energia é bem maior, resultando em uma vantagem clara nesse tipo de produção.