O credo que aceita como fundamento da moral o útil ou princípio da máxima felicidade considera que uma ação é correta na medida em que tende a promover a felicidade, e errada quando tende a gerar o oposto da felicidade. Por felicidade entende-se o prazer e a ausência da dor; por infelicidade, dor, ou privação do prazer. Para proporcionar uma visão mais clara do padrão moral estabelecido por essa teoria, é preciso dizer muito mais; em particular, o que as ideias de dor e prazer incluem e até que ponto essa questão fica em aberto.
(STUART MILL, John. O utilitarismo. In MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética de Platão a Foucault. Rio de Janeiro Jorge Zahar, 2007 p. 129.)
No século XIX, o florescimento do capitalismo industrial e o avanço da tecnologia prometiam a era do conforto e do bem-estar. No contexto das teorias liberais, desenvolveu-se o utilitarismo, cujos principais representantes foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Para os utilitaristas, especificamente Stuart Mill:
A verdade depende exclusivamente dos resultados, e como os resultados podem variar, não se pode afirmar que uma proposição seja verdadeira, nem permitir que nos orientemos por ela.
A orientação no sentido de recuperar as forças instintivas, subjugadas pela razão, era também parte fundamental de sua doutrina. Para ele, a tendência de desconfiança nos instintos culminou na domesticação do ser humano.
A preocupação com a absoluta liberdade de expressão, com o pluralismo e a diversidade aparece em sua teoria, pois temia o debate de teorias conflitantes, principalmente com o advento da participação das mulheres nos debates.
A defesa da coparticipação de operários na indústria, bem como a representação proporcional na política, era importante, a fim de permitir a expressão de opiniões minoritárias e tentar diminuir o sofrimento das massas oprimidas.