O coronavírus só tem um molécula de RNA, que é protegida por um capsídeo composto da proteína N, que mantém o RNA estável e forma uma espiral. Por fora do capsídeo, fica o envelope onde quatro tipos de proteína ficam ancorados: S, M, E e HE. A maior delas, e a mais evidente, é a proteína S que dá o aspecto de coroa ao vírus.
IAMARINO, Átila & LOPES, Sônia. Coronavírus: explorando a pandemia que mudou o mundo. São Paulo: Moderna, 2020. P. 21. Adaptado
Das proteínas virais citadas, a proteína spike (S) representa o alvo principal, em muitos estudos, para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas que sejam eficientes no combate ao vírus Sars-Cov-2.
Deve-se considerar como principal motivo para esta estratégia, tanto profilática quanto terapêutica, o fato da proteína S ser responsável
pelo contato e interação com determinadas proteínas receptoras da membrana plasmática, que possibilitam a penetração do Sars-Cov-2 nas células infectadas.
por ativar o RNA viral, junto com a enzima transcriptase reversa, na produção de novas cópias do DNA que deverão intregrar-se ao material genético da célula infectada.
pela decomposição dos fosfolipídios presentes na membrana, com posterior penetração da carga viral que produz a infecção por Covid-19.
por inibir a ação da proteína N do capsídeo viral, favorecendo a separação e ativação da dupla cadeia em espiral do RNA do vírus infectante.
pela produção das quatro proteínas que permanecem ancoradas ao longo do envelope viral, utilizando-se da maquinaria metabólica da célula infectada.