“O colesterol ruim (LDL) é ruim; o bom colesterol (HDL) é bom. Até agora, a cardiologia parece ter assumido essa máxima, na fórmula ‘baixar o vilão e subir o mocinho’. A (má) surpresa veio agora: aumentar o HDL não ajuda a prevenir doenças cardíacas. Parece que mais um dogma da medicina recebeu o atestado de óbito”.
(FONTE: Ciência Hoje, julho 2011)
A bile é produzida no fígado, participa do processo digestório dos lipídios e depois é reabsorvida no intestino delgado. No entanto, parte dela se liga às fibras ingeridas na alimentação e é eliminada pelas fezes. É comum a recomendação de uma dieta rica em fibras a pessoas que possuem altos níveis de colesterol no sangue.
Essa recomendação faz sentido, pois:
a perda progressiva da bile, junto com as fibras eliminadas, produz um aumento também progressivo de gasto energético. Demanda esta suprida pelo colesterol circulante.
a redução dos níveis de bile no intestino, estimulada pela presença das fibras, age como inibidor da produção do colesterol, reduzindo seu nível no sangue.
as fibras provocam maior eliminação da bile, portanto, mais colesterol é requerido pelo fígado para a síntese de mais bile, reduzindo o colesterol circulante.
na verdade, há uma sobrecarga do intestino na tentativa de digerir os lipídios na ausência da bile eliminada junto com as fibras, o que compromete a digestão e a eliminação do colesterol.