“O Breve Século XX fora das guerras mundiais, quentes ou frias, feitas por grandes potências e seus aliados em cenários de destruição de massa cada vez mais apocalípticos, culminando no holocausto nuclear das superpotências, felizmente evitado”.
Eric Hobsbawm. Era dos Extremos – O breve século XX (1994-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.538
A respeito do cenário retratado pelo historiador Eric Hobsbawm, assinale a alternativa INCORRETA.
Na origem das duas guerras mundiais, vistas em seu conjunto, uma ideologia serviu como pano de fundo: o nacionalismo. Para seu entendimento, deve-se lembrar, entre o final do século XIX e a primeira metade do XX, do ódio entre nações e das revanches ocasionadas por disputas territoriais.
A ascensão, na Europa, de regimes totalitários contribuiu decisivamente para os rumos do século XX. Tanto no ocidente quanto no oriente europeus, tais regimes, com suas políticas expansionistas e perseguições a opositores mostraram o poder do ódio e a sua capacidade de manipulação sobre a população.
O século XX assistiu ao surgimento de tecnologias bélicas capazes de promover a destruição, quase que completa do planeta. Por isso, seu final foi marcado pelo respeito à autodeterminação dos povos, conceito propalado pela ONU e que guia a diplomacia internacional no início do século XXI.
A emergência, no cenário pós-1945, das duas superpotências revelou um novo cenário de conflitos, marcado pela busca de áreas de influência pelo globo, pela corrida armamentista e por uma disputa ideológica que por pouco não resultou em uma nova – e talvez a maior – guerra do século XX.
No limiar do século XXI, as perspectivas necessitam de análise. Por um lado, após o colapso do socialismo real, a economia capitalista consolida a sua hegemonia. Por outro, os novos conflitos e disputas apontam para a adequação da estrutura de poder, levando-se em conta o multilateralismo.