“O Brasil de Vargas, que em 1939 resistira às pressões norte-americanas, mantendo a neutralidade [diante da Segunda Guerra Mundial], acabou se inclinando a favor dos EUA em 1941. (...) O Brasil se declarou formalmente em guerra em meados de 1942, poucos meses depois de sua ruptura com o Eixo. Cedeu a base militar de Natal aos EUA e, em 1944, enviou uma força expedicionária para lutar na Itália. É evidente que a opção de Vargas revelava, ao mesmo tempo, sua estratégia não-ideológica e seu faro político, pois o alinhamento aos Aliados se deu quando o Eixo ainda era vitorioso no terreno militar.”
Boris Fausto e Fernando J. Devoto. Brasil e Argentina. Um ensaio de história comparada (1850-2002). São Paulo: Editora 34, 2004, p. 272-273.
A partir do texto e de seus conhecimentos, podemos afirmar que a adesão brasileira ao bloco dos Aliados, na Segunda Guerra Mundial, resultou, entre outros motivos,
do oportunismo do governo brasileiro, que percebeu que os países do Eixo caminhavam em direção à derrota militar e, por isso, aliou-se aos prováveis vitoriosos na guerra.
da simpatia política e ideológica do regime ditatorial do Estado Novo em relação aos regimes autoritários, de caráter nazifascista, da Alemanha e da Itália.
de uma jogada política de Getúlio Vargas, que assim garantiu maior proximidade política e comercial com os Estados Unidos, principal comprador do café brasileiro.
do interesse brasileiro em reduzir sua venda de café e algodão para as grandes potências europeias e ampliar sua parceria comercial com a Alemanha.
da identidade ideológica de Getúlio Vargas com as ideias liberais, propagadas pelos Estados Unidos, e de seu interesse em obter recursos com o aluguel de bases militares em território brasileiro.