O biólogo chileno Humberto Maturana, um dos autores da teoria da Autopoiese, que morreu no dia 06/05/21, aos 92 anos, informou a Universidade do Chile, onde era professor. Com doutorado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e pósdoutorado no MIT do mesmo país, nos anos 1970, Maturana criou e desenvolveu, junto com o também biólogo chileno Francisco Varela, o conceito de Autopoiese que afirma que, ao contrário das máquinas, os organismos governam a si próprios em um modelo de auto conservação.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/mundo>. Acesso: maio 2021.
Quando falamos de seres vivos, já estamos pressupondo algo em comum entre eles – de outro modo, não os incluiríamos na mesma classe que designamos com o nome “vivos”. O que não foi respondido, todavia, é: “Qual é a organização que os define como classe?” Nossa proposta é que os seres vivos se caracterizam por, literalmente, produzirem continuamente a si mesmos (autoprodução) – o que indicamos ao chamarmos a organização que os definem de organização autopoiética.
MATURANA, Umberto & VARELA, Francisco. A árvore do Conhecimento. São Paulo: Palas Athena .2001. P. 85.
Com base nas informações dos textos e nos conceitos de Autopoiese desenvolvidos pelos pesquisadores chilenos, é correto afirmar:
A capacidade de autoconservação dos seres vivos é justificada pelo alto poder regenerativo presente no conjunto das células diferenciadas formadoras dos tecidos orgânicos.
A organização que define os sistemas vivos como uma classe se baseia na capacidade de autoprodução sexuada com ampla variedade genética que todos os organismos vivos apresentam.
A manutenção do metabolismo celular desenvolve uma ordem intrínseca interna nos sistemas vivos, responsável pela organização autopoiética de autoprodução e autoconservação biológica.
Os organismos governam a si próprios em um modelo de autoconservação devido à produção autônoma de elementos químicos essenciais e exclusivos dos sistemas vivos responsáveis pela autoduplicação orgânica.
Apenas os seres foto e quimioautótrofos desenvolveram, ao longo da sua história evolutiva, a capacidade de produzirem continuamente a si mesmos um fenômeno nitidamente autopoiético.