O bioantropólogo Daniel Lieberman, da Universidade de Harvard, concluiu a entrevista sobre seu novo livro The Story of the Human Body, com uma espécie de grito de guerra: “A medicina precisa da teoria da evolução!”. Para o cientista, a principal razão pela qual os humanos de hoje, em especial os moradores de países ricos, sofrem cada vez mais de doenças relativamente fáceis de prevenir – obesidade, problemas cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer, entre outras mazelas – é o fato de muitos médicos ignorarem a evolução humana.
LOPES, Reinaldo José. Corpo em descompasso. Folha de São Paulo, São Paulo, 5 jan. 2014. saúde+ciência, B10. Adaptado.
Contextualizando na gripe, em relação a doenças infecciosas ligadas à história evolutiva da espécie humana, é correto afirmar:
A detecção e a identificação de agentes virais realizadas em laboratório, dependeram de microscopia óptica também utilizada em investigações sobre bactérias e fungos patogênicos.
A espécie humana em sua longa e permanente associação com o vírus da gripe tornou-se o principal reservatório desse patógeno.
O acometimento de humanos pela gripe sugere uma relação ecológica recente o que não se verifica entre vírus e aves que vivem em simbiose sem evidência marcante de danos.
A dispersão da gripe, podendo vitimar um grande número de pessoas, deve-se à necessidade de contato físico direto entre indivíduos sadios e infectados.
O sucesso da imunização contra gripe decorre da estrutura do genoma do vírus influeza, constituído de DNA, que, por sua instabilidade, provoca a formação de uma memória imunológica.