O avanço das culturas sul-americanas nas zonas tropicais africanas conhece três etapas. Num primeiro tempo, a América exporta mandioca através da Guanabara e do litoral vicentino. Numa segunda etapa, a mandioca, o milho, a batata-doce e frutas sul-americanas passam a ser plantados nas terras africanas. Num terceiro tempo, tais culturas espalham-se pelos sertões africanos.
O uso do milho e da mandioca como ração dos povos da região permitiu que os guerreiros negreiros dilatassem suas áreas de captura. Roças de mandioca e milho são abertas nas áreas de parada e descanso dos bandos, facilitando o transporte terrestre de um maior número de cativos do sertão.
(Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes, 2000. Adaptado.)
O historiador
relaciona a influência cultural africana com o desenvolvimento da agricultura na América.
mostra o intercâmbio econômico entre os indígenas americanos e os guerreiros africanos.
associa a introdução de novos cultivos na África com o aumento do tráfico negreiro.
evidencia o escambo de produtos agrícolas americanos por cativos do interior africano.
destaca a importância da monocultura de exportação desenvolvida no Atlântico Sul.