O Auto da Compadecida foi publicado em 1955 pelo paraibano Ariano Suassuna. Embora tenha sido um autor muito profícuo e versátil, sem dúvidas essa foi sua obra mais consagrada. A respeito dela, são apresentadas algumas proposições. Leia-as a seguir.
I. O Auto da Compadecida baseia-se em três folhetos de cordel: O Dinheiro, a História do Cavalo que Defecava Dinheiro e o Castigo da Soberba.
II. Subgênero do gênero dramático, a obra em questão foi escrita em forma de auto, o qual pode ser definido como um tipo literário de manifestação popular e de cunho moralizante.
III. Ao escrever o Auto da Compadecida, Suassuna denuncia, por meio do cômico, o mundanismo, os vícios cometidos pelos servos da Igreja e a injustiça que assola os mais oprimidos.
IV. O fundo católico-cristão da obra se evidencia quando, durante o julgamento, João Grilo, proferindo a oração da Ave Maria, recorre à proteção de Nossa Senhora, a Compadecida, a qual intercede a Jesus por todos os que ali estavam sendo acusados pelo Encourado.
V. No texto do Auto da Compadecida, encontramos rubricas ou didascálias, as quais têm a função de orientar os atores, o diretor e o leitor e, ainda, ambientar as personagens e indicar ações, projetando, assim, no plano literário, uma certa materialidade cênica.
São CORRETAS as afirmativas