Nos trechos abaixo, os autores do Rio Grande do Sul tematizam o espaço regional, voltando-se à figura do gaúcho. Leia os dois fragmentos.
Fragmento 1
(...) Genuíno tipo – crioulo – rio-grandense (hoje tão modificado), era Blau o guasca sadio, a um tempo leal e ingênuo, impulsivo na alegria e na temeridade, precavido, perspicaz, sóbrio e infatigável; e dotado de uma memória de rara nitidez brilhando através de imaginosa e encantadora loquacidade servida e floreada pelo vivo e pitoresco dialeto gauchesco”.
Fonte: LOPES NETO, João Simões. Contos gauchescos. Porto Alegre: Novo Século, 2000. p. 19-20.
Fragmento 2
Esse ‘dantes’, tão frequente na boca daqueles derrotados, parecia se referir a um período mais longínquo do que era realmente, a uma época que pertencera a poucos, aos escolhidos pela sorte, a uma era de larguezas inacreditáveis, de abundância, de bravura, de vitórias, vivida por homens guapos! Hoje em dia... Bah! E balançavam em silêncio as cabeças tontas, penalizados de si mesmos e do mundo que era outro.
Fonte: MARTINS, Cyro. Porteira fechada. 11. ed. Porto Alegre: Movimento, 2001. p. 74.
Leia as afirmações acerca dos fragmentos.
I No Fragmento 1, o narrador descreve a figura idealizada do homem gaúcho.
II No Fragmento 2, o narrador enfoca a decadência do gaúcho, estabelecendo um contraponto com o herói bravo e mítico.
III Os dois fragmentos silenciam quanto ao papel da mulher na formação da identidade do gaúcho.
IV O Fragmento 2 exalta, por meio da adjetivação, a figura do gaúcho nos tempos atuais.
Das proposições acima,
apenas I e II estão corretas.
apenas I e IV estão corretas.
apenas I, II e III estão corretas.
apenas II, III e IV estão corretas.
apenas III e IV estão corretas.