No passado, podiam-se acusar os historiadores de querer conhecer somente as gestas dos reis. Hoje, é claro, não é mais assim. Cada vez mais interessam-se pelo que seus predecessores haviam ocultado, deixado de lado ou simplesmente ignorado. Quem construiu Tebas, a cidade de sete portas? – perguntava o “leitor operário” de Brecht. As fontes não nos contam nada daqueles pedreiros anônimos, mas a pergunta conserva todo o seu peso.
(GINZBURG, 1987, p. 15.)
Os historiadores desempenham o relevante papel de investigar e esclarecer processos importantes que geraram o mundo em que vivemos hoje. Cabe a esse profissional:
Preconizar uma história baseada nos grandes exemplos das civilizações pretéritas e nos heróis do passado nacional.
Legitimar através de seus relatos, ideologias e poder, que se interligam com sistemas simbólicos imanentes à ação.
Entender plenamente as ações de homens e mulheres no decorrer do tempo e nos dar respostas precisas sobre os problemas que enfrentamos no presente.
Escrever um relato verdadeiro sobre o passado ou, ao menos, com um discurso baseado em critérios cientificamente aceitos de verificação e análise das fontes.
Fazer uma seleção do que ele considera importante, os recortes temporais e espaciais, que fará na sua redação, definindo as memórias que devem ser guardadas.