No Pantanal, o porco-monteiro ( Sus scrofa ), originário dos porcos domésticos trazidos ao Pantanal pelos colonizadores no final do século 18 , tem sido acusado de reduzir a população de seus “primos”, os queixadas ( Tayassu pecari ) e os caititus ( Pecari tajacu ), ambos da família dos taiassuídeos, por competir com eles pelos alimentos.
Estudos realizados para verificar se o porco-monteiro compete com seus primos chegaram aos seguintes resultados:
I. os queixadas podem consumir alimentos mais duros, e os caititus, alimentos mais macios. Os porcos-monteiros podem consumir alimentos duros como os consumidos pelas queixadas, e alimentos macios como os preferidos pelos caititus;
II. os porcos-monteiros são as presas preferenciais das onças da região, quando a comparação é feita com os caititus e os queixadas;
III. os porcos-monteiros se reproduzem mais que os queixadas e os caititus;
IV.no período do estudo, a expansão na porcentagem da área utilizada pelos queixadas foi de 11,5 para 37,9%, e, pelos caititus, de 39,6 para 53,1%. A porcentagem de área utilizada por porcosmonteiros permaneceu praticamente estável, variando de 63,8 para 62,6%.
Adaptado de : http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/zoologia/porco-monteiro-invasor-ou-vizinho - Acesso em 19/02/13, 09:33
Com base nesses resultados do estudo, é possível concordar que, na região do Pantanal, o porco-monteiro está reduzindo a população de seus “primos”?
Sim, porque ficou comprovado que ele leva vantagem quanto aos hábitos alimentares dos caititus queixadas, provavelmente competindo com eles pelo alimento.
Sim, pois ao final do estudo ele passou a utilizar uma área maior do que a utilizada no início, provavelmente porque não tem predadores naturais.
Sim, porque ao final do estudo, os “primos” passaram a utilizar áreas menores do Pantanal, provavelmente em razão da competição com o porco-monteiro.
Não, porque, no período observado, os “primos” tiveram mais sucesso na expansão da área utilizada , o que sugere que as três espécies estão se dividindo no papel de presa.
Não, porque além de ocupar nichos ecológicos muito diferentes que os “primos”, o porco-monteiro aumentou a porcentagem de uso da região, no período do estudo.