“No fim de julho de 1750, rodeado de relíquias multifárias, embalado ao som de um canto coral eclesiástico expirava, afinal, D. João V, o moribundo Roi Soleil português. Três dias após a ascensão de D. José I começava a predominar nos negócios de Estado Sebastião José de Carvalho e Melo, posteriormente conhecido como Marquês de Pombal.”
(MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa: a inconfidência mineira: Brasil e Portugal 17501808. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005).
Assinale a alternativa que destaca corretamente o contexto histórico de Brasil e Portugal no período de que trata a obra.
Quando o Marques de Pombal assumiu o cargo, Portugal passava por grandes dificuldades econômicas em face da dependência em relação à Inglaterra, enquanto o Brasil fornecia ouro que favorecia o crescimento da marinha e da indústria britânica;
As exportações brasileiras na segunda metade do século XVIII refletiam as especializações de cada região: o Rio de Janeiro exportava madeira e açúcar; Pernambuco exportava cacau; e o Grão Pará e Maranhão exportavam ouro, couro e prata.
O crescimento da economia inglesa na época era fruto do Tratado de Methuen, de 1703, que dava grandes vantagens aos tecidos portugueses que entravam na Inglaterra a preços baixos e eram vendidos por preços exorbitantes pelos britânicos nas colônias portuguesas como o Brasil;
Um dos grandes problemas enfrentados por Pombal foi a sua pretensão de proteger os jesuítas e os índios da região do Uruguai, os Sete Povos das Missões, contra as investidas espanholas para expulsálos da América;
A abundância de ouro brasileiro no mercado português nas décadas de 1760, 1770 e 1780 fez com que se intensificasse o comércio entre Portugal e Inglaterra, favorecendo a economia portuguesa e, consequentemente, a economia colonial brasileira.