No ensaio “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, Walter Benjamin escreve:
“Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de elementos especiais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de verão, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa respirar a aura dessas montanhas, desse galho”.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. L&PM Editores. Edição do Kindle. Paginação irregular.
Considerando o conceito de aura, na obra supracitada, atente para as seguintes afirmações:
I. A aura representa a absoluta singularidade da obra artística, sua condição de exemplar único que se mostra aqui e agora e não pode ser repetida. É sua autenticidade.
II. Para Benjamin, a sociedade contemporânea destruiu a aura pela reprodução técnica das obras de arte, tornou impossível distinguir original e cópia e desfez a própria ideia de original e cópia.
III. Não há relação entre o conceito de aura de Benjamin e a ideia de aura das religiões. A aura religiosa refere-se ao culto aos deuses enquanto a aura artística refere-se apenas à reprodução da realidade.
É correto o que se afirma em