No conto “Felicidade clandestina” (1971), de Clarice Lispector, a narradora-personagem, cuja ambição é obter emprestado o livro As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, descreve o exemplar como “um livro grosso, [...], um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o”. Na passagem destacada, o livro é representado como
um objeto sagrado, merecedor de culto.
um luxo, um prazer a ser ostentado.
um objeto estranho e incompreensível, que deve permanecer oculto.
uma companhia, que deve ser desfrutada plenamente.
algo a ser devidamente decifrado e esquecido.