Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, entre outros, sonharam com a pan-Europa que, com a inclusão de mais dez países, se tornou uma realidade irreversível. Os antecedentes da União Europeia são assim, alguns mais respeitáveis do que outros. Durante muito tempo depois da tentativa de Carlos Magno de substituir o império romano pelo seu, uma identidade europeia se definia mais pelo que não era do que pelo que era: cristã e não muçulmana, civilizada em vez de bárbara (e, portanto, com o direito de subjugar e europeizar os bárbaros − isto é, o resto do mundo).
(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008)
O imperador medieval, a que o texto de Luis Fernando Veríssimo se refere, estimulou a criação de escolas em todo o império, provocando uma intensa renovação cultural, chamada de renascimento carolíngio. A efervescência cultural dessa época possibilitou
o intercâmbio de ideias, notícias e formas de comportamento que mudaram a vida política e a prática religiosa no mundo feudal.
o avanço em diversas áreas do conhecimento, como a invenção de novos métodos para a construção de canais de irrigação.
a difusão da cultura letrada, contribuindo assim para a preservação de diversas obras da antiguidade greco-romana.
a fusão da cultura greco-romana com a cultura carolíngia, transformando uma e outra em uma nova forma de cultura: a medieval.
a substituição da concepção clássica de que “o homem é a medida de todas as coisas” pelo teocentrismo cristão da Igreja Católica.