JEAN RACINE (1639-1699)
Jean Racine pode ser considerado um dos principais dramaturgos do século XVII. Durante sua vida, obteve grande êxito com seus dramas e foi bem-sucedido do ponto de vista crítico e financeiro, tornando-se um dos primeiros personagens da literatura francesa a ganhar a vida com seus escritos. Se estilo era marcadamente diferente daquele de seus principais rivais, Molière (1622-1673) e Pierre Corneille (1606-1684), caracterizado por um tom mais rigidamente clássico. A abordagem direta e despojada de Racine agradou ao público e o colocou em vantagem junto à crítica. Ele também era amigo de um dos principais críticos da época, Nicolas BoileauDéspreaux (1636-1711), o que certamente ajudou. Racine foi criado pela avó, Marie de Moulins, e educado no convento de PortRoyal, dirigido por integrantes do polêmico movimento jansenista. Recebeu farta instrução a respeito da literatura e da linguagem da Grécia e Roma clássicas – especialmente em relação à mitologia –, conhecimentos que moldariam posteriormente sua carreira literária. Os mestres o encorajaram a estudar Direito, mas Racine voltou-se para os círculos artísticos e literários de Paris. Começou a escrever poesia e despertou a atenção de Boileau-Déspreaux. O crítico incentivou o jovem escritor a prosseguir seu caminho na literatura. Em seguida, Racine escreveu sua primeira peça, Amasie, que nunca chegou a ser produzida. Pouco depois conheceu Molière. E, 1664, Molière produziu a segunda peça de Racine, a tragédia Tebaida, e, no ano seguinte, seu grupo teatral encenou outra peça de Racine, Alexandre Le Grand, que recebeu a aclamação entusiástica do público. Racine então decidiu abordar um grupo teatral rival, com mais reputação em montagens de tragédias. Alexandre Le Grand teve a carreira interrompida no teatro de Molière, seguida por uma reestreia com a trupe do Hotel de Bourgogne menos de duas semanas após a primeira apresentação. Em outro ato de traição, Racine roubou a principal atriz de Molière, Thérèse du Parc, que foi para a companhia de Bourgogne. É fácil de compreender porque Molière rompeu relações com Racine e porque os dois nunca se reconciliaram. (501 grandes escritores. São Paulo: editor geral Julian Patrick. Sextante, 2009, p. 78).
Na primeira parte do texto, o autor utiliza a palavra “despojado”. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um sinônimo para tal palavra:
requintado.
sóbrio.
limpo.
despendido.
descontraído.