“Na Planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da catinga rala”. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.)
O texto acima revela características de um bioma brasileiro que associado à formação vegetal e aos recursos hídricos no Brasil temos:
Savana, mas com ocorrência de matos em condições de domínio de clima seco. Suas plantas desenvolvem adaptações para reter água por mais tempo evitando a transpiração.
Formação florestal em áreas de planície inundáveis percorrida por uma rica drenagem de águas perenes (rios, canais, lagos e lagunas) que constituem uma imensa bacia hidrográfica.
Formação de Caatinga a qual apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12m), arbustivo (2 a 5 m) e herbáceo (abaixo de 2 m). AS características da vegetação revelam várias adaptações à sobrevivência em clima árido e seco. Algumas plantas armazenam água em caules suculentos (típicos dos cactos), enquanto outras se caracterizam por terem raízes tipicamente na superfície do solo, o que favorece o máximo de absorção de água em período chuvoso.
Formação de matas abertas e savanas, que, mesmo com estação seca marcada do ano, não se caracteriza por escassez de água. As plantas adaptam-se e buscam água em grandes profundidades.
Formações florestais (com distribuição sazonal) de níveis elevados de umidade, em função das volumosas chuvas vinculadas às condições do relevo, cujas águas ela consegue reter em grande quantidade.