Na ótica do sistema social brasileiro, a Independência do Brasil não significou um rompimento com o passado, sobretudo porque:
o parque industrial e a produção agrícola do Sudeste, apesar de vigorosos, destinaram parcos recursos para a melhoria das condições de vida da população.
a organização produtiva continuou tendo como base o trabalho escravo, e a propriedade de terras continuou a ser privilégio de setores privilegiados da elite.
a crise das relações diplomáticas com a Inglaterra impediu o fornecimento de produtos vitais para o abastecimento dos habitantes dos espaços urbanos.
o conflito da Confederação do Equador impediu o governo de estabelecer uma política social consistente, por ter que desviar recursos sociais para combater os confederados.
os indígenas continuaram sendo utilizados como mão-de-obra barata nos grandes centros urbanos ao lado de escravos africanos.