Na encosta da Serra da Cantareira, casas construídas em área de proteção ambiental, próximas a um lixão.
Favela Tiquativa, na marginal Tietê, sob o viaduto General Milton de Souza.
No Brasil, o século se inicia sem que o Estado e a sociedade apresentem políticas sociais para as grandes metrópoles. Nelas, a população moradora de favelas cresce a taxas maiores do que o restante da população urbana, e as periferias crescem mais do que os bairros ricos. A segregação urbana ou ambiental é uma das faces mais importantes da desigualdade social e parte promotora da mesma.
Adaptado de Ermínia Maricato. “Metrópole, legislação e desigualdade”. Estudos Avançados, 17, 2003.
Sobre os grupos sociais mais segregados e os problemas urbanos que eles enfrentam nas grandes metrópoles, assinale a afirmativa incorreta.
Têm dificuldade de acesso aos serviços urbanos, como a coleta de esgoto, levando-os a lançar os detritos in natura nos corpos d’água.
Estão mais expostos a um cotidiano violento, à insegurança urbana e à criminalidade e, por outro lado, têm maior dificuldade de acesso à justiça oficial.
Têm grande dificuldade de usufruir os serviços de saúde e de educação, em função da oferta insuficiente dos equipamentos públicos.
Ocupam lotes concedidos pelo governo em áreas desvalorizadas do espaço urbano, como as encostas de morros e os terrenos sob viadutos, ficando expostos à ocorrência de cheias e deslizamentos.
Dispõem de menores oportunidades de trabalho e a condição de morador de favela interfere no grau de empregabilidade e na obtenção de crédito bancário.