“na base de juízos desta ordem está oculta a ideia de uma outra e mais digna intenção da existência, à qual, e não à felicidade, a razão muito especialmente se destina, e à qual por isso, como condição suprema, se deve subordinar em grandíssima parte a intenção privada do homem.”
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2007, p. 25.)
Kant escreve que se a verdadeira finalidade da natureza fosse a conservação, o bem-estar e a felicidade, então o instinto teria mais acerto nesse propósito, e não a razão.
Ora, mas então, segundo Kant, qual seria o propósito da razão, posto que a natureza a deu ao homem? De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA.
A razão é necessária para a produção de uma vontade boa em si mesma, a qual é condição da ação moral.
O propósito da razão é fazer com que o homem não tenha como felicidade apenas os prazeres instintivos.
A finalidade da razão é frear as inclinações humanas, limitação necessária para se alcançar o bem-estar.
A razão tem como suprema dignidade possibilitar o conhecimento das coisas e alcançar a consciência de si.
Ela é um dom da natureza, sem nenhuma finalidade originária, por isso seu uso depende de nossas escolhas.