Na Bahia, mestres muçulmanos formaram a liderança do movimento da revolta dos malês em 1835 e, durante o levante, seus seguidores ocuparam as ruas usando vestimentas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, sob cuja proteção acreditavam estar de corpo fechado contra as balas e espadas dos soldados.
(João José Reis. In: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias, 1999. Adaptado.)
A revolta descrita no texto
pregava o retorno de D. Pedro I ao Brasil e a distribuição de terras para entidades religiosas.
pretendia romper com o governo central sediado no Rio de Janeiro para criar um império teocrático no Brasil.
reivindicava a anistia política para os escravos rebelados e a ampla liberdade religiosa no país.
condenava a tirania das autoridades da província devido ao recrutamento forçado de religiosos para o Exército
associava a luta política contra a escravidão a um projeto religioso de transformação social.