Na atual organização urbana mundial, há cidades que, por desempenharem papel econômico e estratégico centrais, têm sido denominadas cidades globais por especialistas. Nesse cenário, distinguem-se cidades globais de Nível 1 – aqueles centros nodais das finanças internacionais, do comércio mundial, dos serviços internacionais de consultoria especializada e das instituições públicas multilaterais –, como também aquelas de Nível 2, que, apesar de não ocuparem o topo da hierarquia urbana mundial, conectam serviços, centros produtores e mercados em uma rede global.
Considerando essas informações, há, no Brasil, alguma cidade que atualmente seja categorizada como global pelos especialistas?
Não, pois apesar do grande contingente populacional abrigado em algumas cidades do país, nenhuma ainda ocupa posição de centro financeiro de significativa importância em escala mundial.
Não, pois o caráter periférico das economias do Sul desfavorece não só a consolidação de uma cidade global no espaço nacional, como também nos continentes sul-americano e africano.
Sim, pois é o caso da cidade de São Paulo, que constitui hoje o mais importante centro financeiro da América Latina e apresenta forte concentração de atividades do terciário superior.
Sim, pois todas as capitais estaduais da denominada região concentrada alcançaram a condição de cidades globais ao final do século XX, quando passaram a acolher sedes ou filiais de organizações internacionais.