Na Alta Idade Média, a economia feudal tem por objetivo a subsistência dos homens. A subsistência varia conforme as camadas sociais. À massa, basta a subsistência no sentido estrito da palavra, ou seja, o suficiente para a sobrevivência física. Para as camadas superiores, a subsistência inclui a satisfação de necessidades maiores, deve permitir que mantenham sua categoria, que não decaiam. Sua subsistência é fornecida em pequena parte pelas importações estrangeiras e, quanto ao mais, pelo trabalho da massa.
(Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval, 2016. Adaptado.)
De acordo com o texto, pode-se concluir que a economia feudal, na Alta Idade Média,
eliminou completamente as relações comerciais em escalas locais e internacionais.
estabeleceu a propriedade da terra por meio de contratos de compra e venda entre suseranos e vassalos.
estimulou a circulação de mercadorias através de rotas de comércio marítimas entre Ocidente e Oriente.
desenvolveu-se em unidades produtivas essencialmente agrárias e autossuficientes.
sofreu forte intervenção dos nobres por meio do controle de preços e da qualidade dos produtos.
Neste texto, Jacques Le Goff evidencia o caráter essencialmente agrário e de subsistência da economia feudal na Alta Idade Média. Ela era voltada principalmente para a sobrevivência das pessoas e para a manutenção dos privilégios da aristocracia, o que resultava em unidades produtivas autossuficientes, com pouca circulação de mercadorias. Os senhores feudais dependiam do trabalho da massa camponesa e, em contrapartida, ofereciam proteção (embora com muitos deveres e obrigações). A partir dessa análise, conclui-se que a economia feudal, nesse período, desenvolveu-se em unidades produtivas autossuficientes, nas quais a troca comercial era limitada, tornando a alternativa (D) a correta.