Muitos intelectuais brasileiros (ou brasilianistas) utilizaram-se do termo “modernização conservadora”, emprestada do sociólogo norte-americano Barrington Moore Jr. para retratar alguns momentos de nossa história, tais como o desenvolvimento industrial de meados do século XIX e um segundo avanço industrial durante a Primeira República.
Estes dois momentos históricos tiveram muitas semelhanças e, de certa maneira, se encaixariam na proposta de Barrington. Sobre eles é CORRETO afirmar que:
São períodos ainda caracterizados pelas exportações de café no cenário internacional. Dentro deste contexto, as indústrias que daí nasceram tiveram forte ligação com os grandes proprietários de terra, incentivados pelos respectivos governos a desenvolver indústrias e diversificar nossa economia.
Ambos os períodos são caracterizados por uma forte produção industrial, que dominava o cenário econômico interno, contribuindo com a maior parte de nossas exportações no cenário internacional, restando cada vez menos espaço para a agroexportação.
São momentos distintos e não comparáveis, pois o primeiro é caracterizado pelas exportações de café, sobretudo do Vale do Paraíba, contribuindo com uma forte modernização da região, enquanto o segundo se caracterizou pela exportação de açúcar, levando o Nordeste a um forte desenvolvimento industrial.
Ambos os momentos são caracterizados pela força das exportações de café e por “surtos industriais” ligados, no primeiro caso, à necessidade de modernizar portos, estradas, linhas férreas, entre outros. No segundo caso, de substituir produtos que não mais eram importados como antes, devido à Primeira Guerra Mundial.