Muito cedo os romanos perceberam que as guerras de conquista eram um empreendimento lucrativo: traziam a riqueza do saque para os soldados e seus comandantes. Os cidadãos pobres e sem terras eram beneficiados com a aquisição de terrenos nas áreas conquistadas, tanto nas vizinhanças de Roma como nas colônias recém-fundadas. Os combates proporcionavam também a glória militar, indispensável para a aristocracia dirigente afirmar sua superioridade.
(Maria Luiza Corassin. Sociedade e política na Roma antiga, 2001. Adaptado.)
Essas guerras, além de serem “um empreendimento lucrativo”,
acabaram com a hierarquia social, pois os plebeus alcançaram o mesmo nível de riqueza dos patrícios.
consolidaram a hegemonia da aristocracia, pois sucessivos golpes militares aniquilaram o poder do imperador.
transformaram as estruturas romanas, pois o trabalho escravo tornou-se a base da economia.
enfraqueceram o poder militar dos patrícios, pois o exército incorporou os povos conquistados.
restringiram a cidadania, pois os bárbaros passaram a votar e a ocupar cargos no governo romano.
O enunciado destaca que as guerras romanas eram lucrativas, trazendo saques, terras para cidadãos pobres e glória militar para a aristocracia. Agora, pergunta-se qual outra consequência dessas guerras complementa essa caracterização.
Passo 1: Identificar as informações do texto:
Passo 2: Relacionar as consequências das conquistas ao contexto econômico e social de Roma.
Sabemos, historicamente, que o avanço militar trouxe milhares de prisioneiros — transformados em escravos — para trabalhar nas fazendas e minas de Roma. Esse trabalho servil passou a sustentar grande parte da economia.
Passo 3: Escolher a opção que descreve essa transformação estrutural:
A opção C afirma que as guerras “transformaram as estruturas romanas, pois o trabalho escravo tornou-se a base da economia”, exatamente o efeito econômico-sociais que decorreu do volume de escravos obtidos nas conquistas.
Resposta: C