MEUS OITO ANOS
Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia. (...)
A propósito do texto, seguem as afirmativas:
I. O eu-lírico foge da realidade presente para um passado idealizado.
II. O autor dissocia os aspectos formais dos emocionais.
III. A voz poética revela-se saudosista.
IV. O eu-lírico expressa seus sentimentos.
Está correto o que se afirma apenas em:
I e III.
I, II e III.
II, III e IV.
III e IV.
I, III e IV.