Meu Senhor, nós queremos paz e não queremos guerra; se meu senhor também quiser nossa paz, há de ser nessa conformidade, se quiser estar pelo que nós quisermos saber. (...)
Os atuais feitores não os queremos, faça eleição de outros com nossa aprovação. (...)
A estar por todos os artigos acima, e conceder-nos estar sempre de posse da ferramenta, estamos prontos para o servirmos como dantes, porque não queremos seguir os maus costumes dos outros Engenhos.
Poderemos brincar, folgar e cantar em todos os tempos que quisermos, sem que nos impeça e nem seja preciso licença.
Fonte: REIS, J.J., SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1981, p. 123)
A partir do texto, são apresentadas afirmações sobre a escravidão:
I. Era comum os escravos estabelecerem acordos com seus senhores em relação às formas de tratamento.
II. Brincar, folgar e cantar não faziam parte da cultura dos negros escravos no Brasil colônia.
III. A figura do feitor era peça importante na engrenagem da escravidão, vigiando e punindo aqueles que não atendessem ordens.
IV. A escravidão foi marcada por relações conflituosas, sendo, muitas vezes, os cativos defensores de suas próprias causas.
É correto o que se afirma somente em:
III, IV.
I, IV.
II, III.
I, II.
I, III