Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são nomes diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro e farol também significam a mesma coisa. O que muda é só o hábito cultural de cada região. A mesma coisa acontece com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Embora ela seja a comunicação oficial da comunidade surda no Brasil, existem sinais que variam em relação à região, à idade e até ao gênero de quem se comunica. A cor verde, por exemplo, possui sinais diferentes no Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. São os regionalismos na língua de sinais.
Essas variações são um dos temas da disciplina Linguística na língua de sinais, oferecida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) ao longo do segundo semestre. “Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é universal, o que não é verdade”, explica a professora e chefe do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas da Unesp. “Mesmo dentro de um mesmo país, ela sofre variação em relação à localização geográfica, à faixa etária e até ao gênero dos usuários”, completa a especialista.
Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de “cerveja” é feito com um giro do punho como uma meia-volta. Em Minas, a bebida é citada quando os dedos indicador e médio batem no lado do rosto. Também ocorrem mudanças históricas. Um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza.
Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).
Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
passa por fenômenos de variação linguística como qualquer outra língua.
apresenta variações regionais, assumindo novo sentido para algumas palavras.
sofre mudança estrutural motivada pelo uso de sinais diferentes para algumas palavras.
diferencia-se em todo o Brasil, desenvolvendo cada região a sua própria língua de sinais.
é ininteligível para parte dos usuários em razão das mudanças de sinais motivadas geograficamente.
A questão pede para identificar o que o texto afirma sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Variação Linguística: É o fenômeno natural de diferenciação que ocorre em qualquer língua viva. As línguas mudam e variam em função de fatores como:
Língua Brasileira de Sinais (Libras): É a língua de sinais utilizada pela maioria das comunidades de surdos no Brasil. É reconhecida legalmente como meio de comunicação e expressão. Importante ressaltar que Libras é uma língua completa e complexa, com estrutura gramatical própria, e não apenas uma versão sinalizada do português. Como língua natural, também está sujeita a todos os tipos de variação linguística mencionados acima.
Relacionar as variedades lingüísticas a situações específicas de uso social.