Mais do que a definição de um objeto de estudo da Sociologia, a concepção de sociedade é fundamental às Ciências Sociais. Isto é, tal concepção precede e orienta a formulação de métodos e definição de objeto. Desse modo, assinale a alternativa incorreta, no que diz respeito às concepções de sociedade para os autores clássicos da Sociologia:
Para Émile Durkheim, a sociedade é um fenômeno sui generis, não redutível às leis da natureza, pois seus processos essenciais de coerção, generalidade e exterioridade em relação ao indivíduo decorrem de normas propriamente humanas e coletivas.
Para Karl Marx, os tipos específicos de sociedade existentes na História humana resultam do nível de desenvolvimento das forças produtivas em face das relações sociais de produção, sendo o indivíduo, antes de tudo, um ser social.
Tanto em Karl Marx, quanto em Max Weber, apesar suas divergências teórico-metodológicas, a sociedade é um fenômeno formado pela expectativa recíproca dos sentidos que as ações individuais, para Weber, ou a práxis, para Marx, têm.
Em Karl Marx, a sociedade é um fenômeno supra individual, que resulta do intercâmbio histórico entre homem e natureza através do trabalho, que ao mesmo tempo cria e transforma as relações sociais entre os seres humanos.
A sociedade, para Max Weber, é resultado das relações sociais – condutas humanas reciprocamente orientadas e dotadas de significado e racionalidade, protagonizadas tanto por indivíduos quanto por grupos e instituições.