Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, é um ser que alegoricamente traz em si ambiguidades, ironias e diversas marcas como um mosaico da cultura original do Brasil.
Há correspondência entre o fragmento do texto e o sentimento expresso pela palavra dos parênteses em:
“O divertimento dele era decepar cabeça de saúva.” (inocência)
“Hei de ir só para tirar a prosa do passarinho, minto! da lacraia!" (astúcia)
“Porém respeitava os velhos e frequentava com aplicação a murua a poracê o torê... todas essas danças religiosas da tribo.” (farsa)
“Macunaíma principiou atirando pedras nela e quando feria, Sofará gritava de excitação...” (preguiça)
“No outro dia Macunaíma pulou cedo de Marapatá e deu uma chegada até a foz do rio Negro para deixar a consciência na ilha.” (ironia)