Luís XVI era, antes de tudo, um guloso. Imagine toda a família real escapando à noite do palácio pelos subterrâneos, todos disfarçados, em uma carruagem bem lenta. Depois o rei se atrasa comendo na hospedaria — diziam que ele gostava de comer e beber bem. E aí são reconhecidos e detidos pelo patriota Drouet… Muitos se puseram a especular: e se o rei não fosse tão guloso? E o que teria acontecido se a fuga tivesse dado certo? Existe na Revolução um movimento geral que reduz a importância dos acontecimentos propriamente ditos. Pode-se considerar que, de um modo ou de outro, a crise teria explodido. Será que os detalhes históricos são tão importantes?
(Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2005. Adaptado.)
A partir do texto e de conhecimentos sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar que a prisão do rei
contribuiu para a radicalização da revolução, mas o movimento provavelmente teria continuado mesmo que a fuga fosse bem sucedida.
exaltou os ânimos da nobreza francesa, que repudiava a gula do rei e opôs-se à tentativa de fuga, passando a exigir sua condenação à morte.
determinou a derrota da França na guerra contra a Áustria e a Prússia, pois as tropas francesas perderam seu líder e comandante supremo.
agravou as críticas feitas a ele pelos revolucionários, que não desejavam o fim da monarquia, mas a substituição desse rei por outro mais inteligente.
assegurou a continuidade da revolução, que teria sido interrompida e derrotada caso a fuga tivesse sido bem sucedida.