Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
(Olavo Bilac)
Sobre a estrofe, só não se pode afirmar que:
Os vocábulos “rua” e “claustro” estão em posições antitéticas no poema.
“Beneditino” é metáfora para o poeta que se entrega à árdua e laboriosa produção poética.
O termo “claustro” é uma metonímia dos lugares isolados em que os poetas parnasianos se confinavam para escrever.
No quarto verso, ao trabalhar intencionalmente as sílabas tônicas, na sequência, com as vogais “a”, “e”, “i”, “o” e “u”, tem-se a assonância.
A repetição da conjunção “e” configura o polissíndeto e reitera o esforço do poeta para buscar a perfeição do verso.