Leia os versos do poema “A bomba atômica”, de Vinícius de Moraes
A bomba atômica é triste, coisa mais triste não há
Quando cai, cai sem vontade, vem caindo devagar
Tão devagar vem caindo, que dá tempo a um passarinho de pousar nela e voar...
Coitada da bomba atômica, que não gosta de matar!
Coitada da bomba atômica, que não gosta de matar
Mas que ao matar mata tudo, animal e vegetal
Que mata a vida da terra e mata a vida do ar
Mas que também mata a guerra...
Bomba atômica que aterra! Bomba atônita da paz!
Pomba tonta, bomba atômica, tristeza, consolação
Flor puríssima do urânio desabrochada no chão
Da cor pálida do hélium e odor de rádium fatal
Loelia mineral carnívora, radiosa rosa radical.
Nunca mais oh bomba atômica, nunca em tempo algum, jamais
Seja preciso que mates onde houve morte demais:
Fique apenas tua imagem, aterradora miragem
Sobre as grandes catedrais: guarda de uma nova era
Arcanjo insigne da paz!
www.casadobruxo.com.br/poesia/vbomba.htm. Acesso em: 3 jul. 2012.
Os versos de Vinícius de Moraes, sobre a bomba atômica, mostram que
o material radioativo retratado no poema tem uma massa crítica de sais de hélio
o processo de detonação da bomba atômica, conhecido por fusão nuclear, libera partículas alfa, beta e radiação gama
o decaimento natural do rádio pode explicar o funcionamento desta ogiva nuclear
as emissões radioativas exercem efeitos danosos e até letais em organismos vivos – vegetais e animais.