Leia os versos de Fagundes Varela.
Roem-me atrozes ideias,
A febre me queima as veias,
A vertigem me tortura!...
Oh! por Deus! quero dormir,
Deixem-me os braços abrir
Ao sono da sepultura!
Despem-se as matas frondosas,
Caem as flores mimosas
Da morte na palidez:
Tudo, tudo vai passando,
Mas eu pergunto chorando
— Quando virá minha vez?
Os versos filiam-se ao estilo
árcade, flagrado pela alusão à natureza como forma de fugir dos problemas.
ultrarromântico, influenciado pelo Mal do Século, e presentificam o pessimismo e a morte.
condoreiro, distanciado da visão egocêntrica, pois estão voltados aos problemas sociais.
parnasiano, cuja busca de perfeição formal é mais relevante que a expressão da emoção.
simbolista, em que o pessimismo e a dor existencial levam o eu lírico à transcendência.