Leia os trechos do poema “I - Canção do exílio”, da coletânea As primaveras, de Casimiro de Abreu.
I
Canção do exílio
[...]
Oh! que saudades tamanhas
Das montanhas,
Daqueles campos natais!
Daquele céu de safira
Que se mira,
Que se mira nos cristais!
[...]
Debalde eu olho e procuro...
Tudo escuro
Só vejo em roda de mim!
Falta a luz do lar paterno
Doce e terno,
Doce e terno para mim.
Distante do solo amado
— Desterrado —
A vida não é feliz.
Nessa eterna primavera
Quem me dera,
Quem me dera o meu país!
[...]
ABREU, Casimiro de. As primaveras. São Paulo: Martin Claret, 2009. p. 23-24.
A estética romântica, impulsionada pelo cenário histórico que vinha se desenhando no país, teve como projeto a busca do nacional pelos escritores, que passaram a dar uma nova significação para os elementos da natureza do Brasil. Dentro desse projeto, Casimiro de Abreu, no poema acima, que abre o “Livro primeiro” da coletânea As primaveras, exprime o amor e a saudade da terra natal. Entretanto, o modo como o poeta canta a pátria diferencia-se da maneira como os demais românticos o fizeram, por evidenciar
intimismo nostálgico.
pessimismo acentuado.
lirismo amoroso.
descritivismo paisagístico.
egocentrismo exaltado.