Leia os textos para responder à questão.
Texto 1
O jornal britânico The Guardian publicou nesta quarta- -feira [19.07.2017] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil.
O texto começa contando a história de Miriam Gomes, que às 5 da manhã se dirigia a um projeto social que ela coordena em Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde a fila para receber uma cesta básica semanal já tem mais de cem metros de comprimento. Alguns haviam dormido na rua – aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio, ou que viviam muito longe para chegar lá às 6:30 da manhã, quando poderiam começar a pegar uma bolsa de vegetais, frutas, arroz, feijão, macarrão, leite e biscoitos, e um pouco de chocolate.
Estas são algumas das vítimas de um problema que só piora em um país, uma vez louvado pela redução da pobreza, mas onde o número de pobres está subindo novamente, destaca o Guardian. O Brasil caiu em sua pior recessão por décadas, com 14 milhões de pessoas desempregadas, acrescenta.
(http://www.jb.com.br. 19.07.2017. Adaptado)
Texto 2
No mês passado, 20 instituições da sociedade civil apresentaram o relatório Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O documento analisa o desempenho do Brasil para o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. Esse levantamento – feito pela instituição da ONU que lida com a agricultura e a alimentação, a FAO – indica em quais nações mais de 5% da população ingerem diariamente menos calorias que o recomendado.
Só em 2014, o Brasil desapareceu do Mapa da Fome. Pela primeira vez, 3% dos brasileiros tinham que lidar com a falta de condições para satisfazer a necessidade vital por comida, e, assim, o mapa do país deixou de ganhar, no levantamento da FAO, a cor avermelhada.
(http://www.correiobraziliense.com.br. 09.08.2017. Adaptado)
A leitura comparativa dos textos permite concluir que os dois tratam do tema
da economia, mostrando que a recessão econômica tem mantido 3% da população sem condições de saciar sua necessidade vital por comida.
da fome, ressaltando um possível retrocesso nas condições de pobreza no país, decorrente da situação econômica do Brasil.
da redução da pobreza, enfatizando que, mesmo diante de um cenário de desemprego negativo, a maior parte da população não passa fome.
do desemprego, explicitando a relação entre este e a fome, cenário sombrio que há décadas inclui o Brasil no Mapa da Fome da ONU.
das mazelas do Rio de Janeiro, criticando o aumento de pessoas sem-teto na cidade e, consequentemente, a inserção do Brasil no Mapa da Fome.