Leia os fragmentos dos textos 1 e 2.
Texto 1:
“O capitalismo é o primeiro regime social que produz uma ideologia segundo a qual ele mesmo seria “racional”. A legitimação dos outros tipos de instituição da sociedade era mítica, religiosa ou tradicional. [...] Sem dúvida, esse critério, ser racional (e não consagrado pela experiência ou pela tradição, dado pelos heróis ou pelos deuses etc.), foi propriamente instituído pelo capitalismo.
CASTORIADIS, Cornelius. Figuras do pensável: as encruzilhadas do labirinto. Vol. VI. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004. p. 90-91.
Texto 2:
“... o fato do Brasil se apresentar atualmente do ponto de vista internacional com um novo significado no que tange a divisão internacional do trabalho [...] e fundamentalmente averiguam-se novos e velhos atores em cena, os quais após destruir /consumir parte considerável de suas reservas naturais, [...] vê nas potencialidades econômicas da cana-de-açúcar que se configura essencialmente como uma nova forma de garantir o progresso do desenvolvimento econômico a partir de uma velha forma de acumular capitais, a situação parece mais grave na medida em que o território em disputa [...] está [...] nas mãos [...] de várias [...] corporações que possuem imensurável peso nos rumos de países ainda hoje dependentes de políticas externas de financiamento...”AZEVEDO, José Roberto Nunes. Expansão da agroindústria canavieira no Mato Grosso do Sul. Dourados: UFGD, 2008. p. 70.
Tendo em vista as informações apresentadas, assinale a alternativa INCORRETA.
A lógica do sistema capitalista define e redefine os territórios nacionais a partir do arranjo e rearranjo espacial subordinado às necessidades econômicas das grandes corporações.
A ideologia capitalista reforça o cenário de ajustamento territorial equilibrado, no qual cada país executa suas funções econômicas sem interferências de outros, já que existe o predomínio do livre comércio absoluto e da livre concorrência.
A lógica das grandes corporações capitalistas influencia o cotidiano de inúmeras pessoas, por meio dos investimentos em novas zonas de produção que subordinam a especificidade de um lugar aos interesses das corporações.
Os territórios nacionais, tal como o Brasil, sofrem interferências internacionais econômicas conforme a presença ou a ausência de investimentos por parte das corporações multinacionais.