UPF Verão 2022

Leia os fragmentos da entrevista abaixo, realizada por Juremir Machado da Silva e publicada no Correio do Povo, em 14 de abril de 2021:

 

Nascida e criada numa favela de Belo Horizonte, (a autora) não para de lutar contra o racismo nem de produzir literatura original contundente. Obteve o seu doutorado na Universidade Federal Fluminense aos 65 anos de idade, tornou-se uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira atual, concorreu à Academia Brasileira de Letras, não tendo sido eleita, tem livros traduzidos para outras línguas e disseca o racismo dominante na vida brasileira com frases certeiras. Nesta entrevista para o Caderno de Sábado ela mostra o seu conhecimento minucioso dos mecanismos de reprodução da discriminação e analisa complexamente paradoxos e contradições do imaginário brasileiro. Não “passa pano” nem “cancela”. Vai direto aos pontos. Com o surgimento de nova vaga na Academia Brasileira de Letras, com a morte de Alfredo Bosi, a casa de Machado de Assis tem a chance de se redimir se (a autora) for candidata.

 

(CP. Caderno de Sábado) – Djamila Ribeiro fala que algumas instituições dizem: “Temos o nosso negro”. Um álibi para sugerir que não são racistas. É uma artimanha que acaba por revelar que a sociedade continua excludente?

 

(Autora) – Depois de uma mesa com ela, um jornalista veio falar comigo dizendo que a Djamila era mais belicosa e eu mais tranquila. Respondi: estamos falando a mesma coisa. O que dizemos é que a sociedade brasileira elege determinados sujeitos ou eles conseguem furar o cerco e cria-se essa ilusão de que está tudo bem. A exclusão continua. Há mais um risco: a visibilidade de determinados sujeitos pode confirmar o discurso da meritocracia. Algumas pessoas me falam: que bonita a sua trajetória, uma mulher que nasceu na favela e chegou lá. Eu pergunto: lá aonde? A impressão é que o meu sucesso se deve muito ao meu esforço pessoal. Claro que sim. Não serei tão modesta a ponto de dizer que não. Será que chegar lá para uma mulher branca exige tanto sacrifício? Conheço mulheres negras cheias de sonhos e de competência que trabalham, trabalham, trabalham e ficam pelo caminho. Há mecanismos que impedem a grande maioria de conseguir chegar lá. Quando um ou outro consegue temos a falsa impressão de que está tudo resolvido, que não existe exclusão. Não chega lá quem não quer? A história não é essa. Há várias interdições pelos caminhos.

 

A julgar pela biografia da autora e pelo conteúdo da entrevista, pode-se inferir que a autora em questão seja:

a

Conceição Evaristo.

b

Martha Medeiros. 

c

Clarice Lispector.

d

Zélia Gattai. 

e

Hilda Hilst.

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