Leia os fragmentos a seguir.
Nesta Revolução Francesa, tudo, até os crimes mais horríveis, foi previsto e conduzido por homens que eram os únicos a conhecer o fio das conspirações urdidas durante muito tempo em sociedades secretas.
Abade Barruel. Memórias para servir à história do jacobinismo, 1803.
A miséria aumenta a ignorância, a ignorância aumenta a miséria; o povo francês foi tão cruel durante a revolução porque a ausência de felicidade conduz à ausência de moralidade.
Madame de Stael Holtein. Considerações sobre os principais acontecimentos da Revolução Francesa, 1818.
SCHAFF, Adam. História e verdade. Lisboa: Editorial Estampa, 1974. p. 14-23.
Os dois textos exemplificam a compreensão da Revolução Francesa por seus contemporâneos e expressam como um mesmo evento pode produzir relatos distintos. Diante da diversidade de visões a serem comparadas, o historiador, amparado por procedimentos metodológicos atuais, deve
garantir um conhecimento definitivo sobre o passado, apoiado em fontes orais que esgotem o tema.
alcançar um conhecimento verdadeiro sobre o passado por meio da reunião dos relatos.
confrontar a visão de uma testemunha ocular sobre um evento com outras fontes históricas.
privilegiar uma narrativa testemunhal de acordo com o poder político exercido pelo agente.
ignorar o julgamento dos atores históricos sobre os eventos a que assistiram.