Leia os dois textos a seguir:
O bem do indivíduo é da mesma natureza que o bem da Cidade (Pólis), mas este, ―é mais belo e mais divino‖ porque se amplia da dimensão do privado para a dimensão do social, para a qual o homem grego era particularmente sensível, porquanto concebia o indivíduo em função da Cidade (Pólis) e não a Cidade (Pólis) em função do indivíduo. Aristóteles, aliás, dá a esse modo de pensar dos gregos uma expressão paradigmática, definindo o próprio homem como ―animal político.‖
(Reale e Antiseri, História da Filosofia. Adaptado)
Concebo de bom grado que o governo civil é o remédio acertado para os inconvenientes do estado de natureza, os quais certamente devem ser grandes onde os homens podem ser juízes em causa própria, já que é fácil imaginar que, quem foi tão injusto a ponto de causar dano a um irmão, raramente será tão justo a ponto de condenar a si mesmo por isso. [...] Mas, além dessas considerações, sustento que todos os homens estão naturalmente naquele estado e nele permanecem até que, por sua própria anuência, tornam-se membros de alguma sociedade política.
(Locke, Dois Tratados sobre o Governo Civil)
Assinale a alternativa CORRETA.
Para Aristóteles, assim como para Locke, o indivíduo é mais importante que a constituição da sociedade e do Estado.
Locke afirma que o indivíduo é anterior à sociedade e ao Estado, dando continuidade à doutrina clássica iniciada por Aristóteles.
Em oposição à tradicional doutrina aristotélica, Locke afirma que o indivíduo é concomitante ao surgimento da sociedade e do Estado.
Aristóteles afirma que o indivíduo é anterior ao Estado; em oposição, Locke sustenta a anterioridade da sociedade em relação ao indivíduo.
Em oposição à tradicional doutrina aristotélica, Locke afirma que o indivíduo é anterior ao surgimento da sociedade e do Estado.