Leia o trecho do livro Hilda Furacão, que se segue.
Nas marchas a favor da Cidade das Camélias, Dona Loló Ventura e as mal-amadas, como eram conhecidas as militantes do Clube da Lanterna, devotas de Carlos Lacerda (...) carregavam estranhos cartazes que diziam: “Go home, Hilda Furacão!” ou: “Deixe nossos maridos em paz, Hilda Furacão!”
DRUMMOND, Roberto. Hilda Furacão. 18ª Ed. São Paulo: Editorial. 2008. p. 40.
O movimento em favor da criação da Cidade das Camélias era encabeçado por Dona Loló, que era simpatizante do Clube da Lanterna, associação ligada ao partido
PCB que, embora na ilegalidade, mantinha-se ativo na política, sobretudo defendendo a parte mais frágil da sociedade, como os trabalhadores industriais, por isso era apoiado por Hilda Furacão.
PSD que, apesar de conservador, mantinha em seus quadros coronéis clientes de Hilda Furacão que se mostravam dispostos a pegar em armas contra a reforma agrária, como o coronel de Uberaba.
PTB, partido criado na trilha do sindicalismo varguista e, portanto, se colocava como defensor dos direitos dos trabalhadores, tendo, por essa razão, atraído a simpatia de Frei Malthus, sobretudo após sua passagem pela Manesmann como operário.
UDN, agremiação fortemente conservadora em todos os sentidos, que representava os grupos economicamente dominantes e as classes médias urbanas, defensores do status quo vigente, argumento sustentado por padre Cyr.