Leia o trecho da obra de Agnès Humbert:
“Krefeld, setembro de 1942.
Oh, as divagações dos filósofos, filósofos que ignoram o que é a fome, a sede, a doença sem medicação, sem repouso, sem os cuidados elementares, que não sabem o que é não ter permissão para ir ao banheiro, não dispor de água para o banho, ficar encharcado de suor, sentir gosto ruim na boca por não escovar os dentes ter, piolhos... Os filósofos não sabem de nada disso e vêm falar com pedantismo que a dor moral é pior do que a dor física... Aqui sofremos todas as dores físicas e também não somos poupados das dores morais. Trabalhando como desembaraçadora de fios, a velha Annie sofreu tanto que ficou embrutecida. Quando a direção lhe comunicou a morte do filho, na Rússia, ela nem reagiu. Sequer sabia que filho se tratava, já que três deles se encontraram no front russo.”
HUMBERT, Agnès. Resistência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p. 147.
A leitura do texto nos permite compreender um importante capítulo da história mundial ocorrido no século XX.
Os elementos contidos no texto apontam que a alternativa corretamente relacionada ao texto é:
as imposições dos regimes de trabalhos nas indústrias têxteis da Inglaterra pósRevolução Industrial.
a obrigatoriedade de trabalhos voluntários voltados ao mercado interno na implantação do regime socialista nas nações da Europa Ocidental.
a criação de campos de concentração e de trabalhos forçados para prisioneiros de guerra durante o desenvolvimento da Segunda Guerra Mundial.
a crise econômica e política que se desenvolveu a partir da Primeira Guerra Mundial, quando a Rússia revolucionária foi palco de inúmeras batalhas.
uma crítica às reflexões filosóficas pósmodernas, emergidas após os acontecimentos militares e políticos de meados do século XX, especialmente à escola de Frankfurt.